Boas questões. Estão ambas relacionadas, portanto vou tentar dar uma resposta global.
Quanto se trata de tácticas ofensivas e defensivas cujo foco não coincide, acho que fulcral importância que seja colocado em campo um extremo equilibrado, um extremo de raiz, não um BL ou EP adaptado (dependendo da táctica). E porquê?
Primeiro, por razões de ordem defensiva. Defender 2-3, como neste caso, não significa acertar no foco ofensivo adversário. Arriscar numa defesa que não individual pode colocar-nos sempre deslocados defensivamente, e, numa situação como essas, é necessário haver alguma cobertura defensiva por parte do outro sector (neste caso em concreto, do backcourt). Nesta situação de deslocamento defensivo, um Extremo como o que coloquei daria,, logo à partida, mais garantias defensivas.
Segundo, porque, ainda que, pessoalmente, considere a defesa o aspecto mais importante de um jogo, o ataque é também importante, e nesse sentido, um jogador de apenas impressionante de lançamento, com o resto das categorias exteriores pouco desenvolvidas, é um jogador ofensivamente fraco, e de fácil defesa. E aí, ainda que ganhando no aspecto defensivo, a equipa ressentir-se-ia desta escolha.
Quanto ao treino, e tentando responder à tua questão, acho que ter um extremo que não um extremo adaptado com uma baixa altura é um erro tremendo. Não conheço bem o Botelho, mas temos o exemplo do Chicote que é um extremo de raiz, com uma excelente característica de lançamento (extraordinário), penetração (admirável) e defesa exterior (forte), mas que conjuga isso com excelentes características interiores, sendo um jogador que garante boas performances num Corre e Chuta/2-3.